terça-feira, 28 de abril de 2009

"Sei que nada sei!"

Ontem, meu sobrinho me perguntou algo que eu não soube responder.
Me permiti achar normal por alguns segundos, depois me penitenciei por decepcioná-lo!

- Sei que nada sei! - algum grande pensador exclamou um dia.

É pesado descobrir que nem sempre somos tão perfeitos!
É duro perceber que vou morrer sem entender a maioria dos propósitos e mistérios da nossa existência!

Porém, existem certezas que nunca nos deixam.
Como, por exemplo, a certeza de que existe mais beleza do que "corizas" nessa vida.

À noite, o meu sobrinho sorriu pra mim.
Sem motivos, sem sentido, sem estratégias.
Apenas, me olhou...E sorriu!
E eu o beijei.
O abracei apertado como se nunca tivesse feito isso antes! Como se ele fosse capaz de escapar dos meus braços se eu não o acalorasse tanto!

Acho que ele entendeu!

E eu passei a saber que, embora eu "nada saiba", nós dois sempre saberemos o que realmente importa nesse Mundo!

Por Alan Carvalho!

Seu nome, é Clara!

Claramente, o dia amanheceu melhor...
Mais alegre...mais florido...mais belo!
Nos fachos de luz que entravam pelos buracos da janela, mostrou-se mais feliz o Sol
No audacioso azul do Céu e no gelatinoso verde do Mar, percebeu-se um brilho maior
O calor que antes molhava a pele, agora, iluminava um sorriso
Encantada com a nova manhã, a areia mais branca se fez!
Ao leve som das ondas, beijaram-se as nuvens...
De onde vinha aquele encanto?
De onde vinha aquela mágica?
Ao redor dos olhos, ainda inebriados, renovaram-se as cores
Sutil passou a ser o murmurar dos pássaros, tão forte fora a explosão de paz!
No final do agora próximo horizonte...anunciaram-se as “Boas Novas”!
Morrera a Lua?
Apagaram-se as estrelas?
Calou-se a noite?
Não...nasceu um anjo!!!
De cabelos cacheados, dourados ao pincel divino...
Seu nome é Clara...esse é o seu dia...e a felicidade...é nossa!!!

Por Alan Carvalho.

Canção da semana...

Vinte E Nove
(Legião Urbana)

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
(Já que você não me quer mais)

Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove, com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.

Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.
(E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez)

O Senhor de tudo!

Ainda deitado, ouço o som da chuva. Mais um dia, mais uma busca.
Quieto como a sombra, vejo tortas linhas cruzando as minhas mãos.
Eu queria ler o destino, mas não sou tão especial assim!

- O tempo é Senhor de tudo! - me disseram.

Ele cura todas as dores, seca os rios, controla o peso das lágrimas...
Quando o tempo se cala, os pássaros vivem como "donos" do Céu.
Cantam quando e como bem entendem. Pousam onde são bem-vindos. Bailam no vento em plena ousadia. Sem rebeldia, se negam a desafiar os trovões ao despertar das nuvens.
São belos!

De onde vem a harmonia do Mundo?

Um dia descubro e conto pra quem quiser saber!

Enquanto não sei a resposta, vivo mais um dia por esperar alguma coisa.
Talvez, um bom emprego... Talvez, a boa sorte... Quem sabe, um grande amor?

Do tempo, somente o tempo.
E ele é tudo o que somos!

Por Alan Carvalho!

terça-feira, 31 de março de 2009

Pensando alto...

Pensando alto hoje pela manhã, percebi que...

Mesmo nas noites mais sombrias, sempre haverá uma luz emanando do Céu...Seja pelo despertar da Lua, ou mesmo, pela boa vontade da mais gentil estrela!

...Força, Thiaguinho!! Estamos rezando por ti!!

Canção da semana...

Aos amigos e visitantes,

as minhas sinceras desculpas pela demora nas postagens. Sei lá, um pouco de preguiça, talvez desleixo, ou até mesmo, falta de motivação para escrever nos últimos tempos. Porém, "quem é vivo sempre aparece"! E, aqui estou eu!

Abaixo, uma canção que adoro! Acho linda essa letra! Abraços..


O Vento
(Los Hermanos)

Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
... Vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!



sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quem dera ser um peixe...

Você já olhou o mar por mais de cinco minutos durante uma noite de verão? É impressionante o quão pacífico ele se torna!
O som das ondas...o insinuante balanço das marés...tudo parece ficar tão suave!

Caminhar pela praia tendo a noite como ilustre companhia, traz a sensação de que a jornada é bem mais leve. Qualquer coisa fica palpável quando se está lá, sentindo os pés bordarem a areia. É possível imaginar de tudo! Das aventuras mais sublimes às fantasias mais inquietantes. Basta deixar a brisa invadir o corpo e a alma se faz capaz de derrubar todos os limites impostos pelo chato, malvado e doentio cotidiano.

Namorar com as estrelas, enche o coração de esperança e idéias. É romântico, porém, saliente. É sexy e, ao mesmo tempo, doce.

O que os peixes fazem quando a Lua toma conta do Céu e torna escuro o fundo do mar?

Será que lá existem bares, praças, estacionamentos, varandas, mesas de sinuca...motéis?!

Ah..sei lá! O fundo do mar não pode e nem deve ser tão ruim! Senão, que graça teria em ser uma moréia? Ou um plâncton da Mauritânia?

Bom...olhar o mar à noite me traz delírios, sonhos, reflexão...me leva de encontro à vida!
Mas o que mais me encanta no mar é o quanto ele é senhor de si! Não importa o que aconteça na terra firme, do calçadão adentro, é ele quem manda! Seja o banhista negro ou branco, belo ou feio, astuto ou meio lesado, rico ou miserável...se quiser um mergulho, vai ter que respeitá-lo! Respeitar as suas regras, as suas vontades. O mar é soberano...ele é livre e joga as marés para onde bem entender.

Se eu voltar em outra vida, quero nascer um peixe! Ou melhor, quero baixar por aqui de novo como um tubarão! Que, embora seja um "peixe" em espécie, não se mistura em cardumes idiotas quaisquer! Ele tem personalidade. Costuma rumar sem destino certo, mas sabendo exatamente onde quer chegar.
Tubarão não morde anzol qualquer! Não faz o que não está a fim de fazer e nem se esconde sob falsos dogmas. Tubarão é bicho esperto...

Assim, acho que serei bem feliz. Poucos predadores para enfrentar, poucas iscas para me confundir...apenas, nadando rumo à liberdade permitida e oferecida pelo "Tio Mar".

Ufa..! Agora, é melhor calçar as sandálias, sacudir bem as pernas para tirar qualquer resíduo que possa sujar o tapete do carro e partir.

Afinal, amanhã acordo às 7h e o dia será bem puxado...e olhar para o mar por muito tempo durante uma noite de verão, mexe demais com a cabeça da gente!

Por Alan Carvalho!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Será que existe vida em Marte?

Da janela do meu quarto, costumo olhar a noite. Quase sempre estrelada. Quando solitário, principalmente nos dias de chuva fina, gosto de pensar sobre as coisas. Coisas de todos os tipos. Das lembranças de minha infância aos meus planos para o futuro...eu paro, olho para o alto e penso! Simples assim!

Tenho 27 anos de idade, para alguns estou ficando velho. Para outros, sou apenas um reles garoto iniciando a pesada jornada de aprendizados da vida! Mas, sei lá...acho que somos, de fato, o que somos. Nada além disso.

Nesses dias em que faço da minha janela a melhor companheira, descubro muitas imagens. Não sei dizer direito o que elas são ou representam, pois elas nem sempre fazem sentido. Mas, eu percebo que de alguma forma elas são importantes...elas contam a história de algo. Algo que talvez eu ainda não tenha vivido, mas que, contudo, me tornam tão íntimo de mim mesmo quanto tudo aquilo que eu tenha por direito anexado às minhas memórias.

Mas, o que procuramos? O que tanto esperamos? O que realmente é importante nessa vida? O que eu estou fazendo aqui?

São tantas as perguntas sem resposta. Tantas são as aflições do dia-a-dia. Tantos são os momentos em que duvidamos do que realmente vale a pena, que essa sensação de que a garganta vai sufocar a qualquer momento ao ser bombardeada por pavores repentinos, nem mais me incomoda.

Quando vejo notícias na Tv, leio os jornais pela manhã ou dou uma olhada na internet para ver o que está rolando por aí, me sinto fraco. Uma certa sensação de impotência toma conta de mim. Novas guerras explodem nos muitos cantos do Mundo em nome do poder e da ambição, crianças são espancadas pelos próprios pais, pessoas matam pessoas por absolutamente nada, o dinheiro modificando idéias e cimentando corações...afinal, o que estamos fazendo aqui?

Acho que vou me mudar para Marte!

Será que existe vida em Marte?

Eu acredito! Por que não acreditar? Oras, em um Universo tão brilhante...tão belo e irracionalmente infinito...por que tanta loucura ficaria comprimida apenas nesse planetinha tão ínfimo, a Terra?

Eu gostaria de encontrar um ET. Um marciano "gente-boa". Talvez sem aquelas anteninhas, sem aquela tonalidade verde-anilina, mas com grandes e misteriosos olhos. Olhos de quem observa ainda de longe a insanidade humana.

Eu também queria ver tudo isso de longe. Como mero expectador. Observando, rindo, de vez em quando chorando, porém, bem distante...tão distante quanto fico nos momentos em que olho a noite da janela do meu quarto. Nessas horas as coisas tem um pouco mais de graça, o Mundo fica menos feio e Marte encontra-se a apenas 2 km da minha rua...

Por Alan Carvalho!